quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Família = Imposto




Todo mundo tem uma família que dar "um pouco" dor de cabeça, parece que é uma regra da vida em sociedade. Tios xeretas, primos pentelhos, avós ranzinzas, uma ovelhinha negra e o contraste deste a seguir, o orgulho da família. Há também os que a família pegam no pé, não quer grudar e gera todo tipo de expectativa como também o que não se pode esperar nada, apenas reclamar, porém ambos são centros de atenções para falatórios numa roda de natal ou ano novo.
Claro, estou falando aqui em estereótipos que por vezes são mais comuns que nós pensamos.
Quem não tem alguma pontinha de raiva de parente que atire a primeira pedra no meu post.
Mas não estou aqui para escandalizar e gritar que tudo é ruim, são apenas pequenas observações minhas.
Quando assisto seriados ou filmes americanos, pouco percebo a presença da família na vida de um ser adulto. As quatro amigas de Nova York em sex in the city, por exemplo, são independentes e contam uma com as outras para todos os tipos de momentos, e a família não aparece no seriado, apenas citados em algumas cenas. E a vida que elas levam são de livre escolha, livre pensamento... Não há cobranças, recriminações, medos ou mentiras.
Não quero excluir a presença da família, sei que é de extrema importância na formação de uma pessoa, mas é a única e para sempre?
Li uma vez em um livro de inglês que, na Inglaterra, os filhos saem mais cedo de casa, no início da idade adulta e nos E.U.A também não é diferente, eles saem para estudar fora e aprender a se virar sozinho. No Brasil, parece que adotamos a cultura de jamais deixar os filhos bater as asas e alguns até gostam disso, e fazem do pequeno ninho um lugar confortável.
E os que saem de casa? Se estiver na mesma cidade, uma hora ou outra o telefone toca para perguntar não como você está, mas para cobrar qualquer tipo de atitude ou reclamar algumas outras. E se o ano passou cheio de burburinhos, frases soltas e alfinetes, o final do ano te espera como se nada tivesse acontecido. E esses compromissos são sagrados, a Bíblia decretou que se cumpra mesmo que não saiba o porquê e vá apenas para não ser o parente da lista negra.
Algumas família são assim, possuem essa peculiaridade de impor suas vontades aos outros que por estarem vivendo suas vidas é motivo suficiente para "pegar no pé" de todas as formas possíveis e insuportaveis. Há os que tem a coragem de dar um basta, falar e expor o que está sentindo de maneira clara, e outros na covardia tímida apenas se calam causando mal a própria saúde.
Complicado, mas assim é o nosso retrato familiar brasileiro. Felizardos os que escapam dessa regra e infelizes os que tem familiares tributáveis, uma relação estressante que você pode pagar mensalmente ou pagar de uma vez no começo do mês, se tiver a coragem de falar, mas o preço é tão amarguinho que te deixa alguns meses sem grana e isolada colhendo o risco da verdade, porém aliviada, incrivelmente aliviada.

P.S.: Mãe, pai e até irmãos não se incluem nessa lista, pois estes são de casa... =D

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